para ele crio cheiros
em potes separados:
dos perfumes do seu corpo
- ao nosso cheiro misturado.
reinvento o tom da voz,
crio diálogos inteiros
- ele sempre me diz: “eu também”
quando confesso que o esperava
por todo esse tanto
e tão longo e louco tempo...
(sem freios)
Temos pressa!
(sem rodeios)
desnuda-me todas as vezes
que com ele volto pra casa,
inquilino dos meus pensamentos
- o fiel depositário.
então beija-me os seios,
fala meu nome, se diz meu corsário;
mas antes fecha-me os olhos,
põe na minha boca o gosto da sua
e deita sobre mim o seu corpo
morno, roubado e imaginário.
foto Diego Zanotti
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