quarta-feira, 24 de junho de 2015

Parár

Foto de Adriana Barata.


 Principalmente na Amazônia...
Barrar o fluxo de um rio é barrar o fluxo da vida.

Para além de argumentos depurados, cheios de fina lógica-dialética (a construção de hidrelétricas – como Belo Monte - nos rios da Amazônia é um erro perigoso e colossal; são os povos da floresta que mantêm a floresta em pé e manter ‘a floresta em pé’ é uma das garantias de manter a Vida como a conhecemos) - quero, sem me importar em oferecer/dissertar/discutir as bases científicas do meu posicionamento contrário - me permitir o impossível: sentir o que o índio sente...
e mesmo ciente da pálida e inglória tentativa:
É devastador.
...


NÃO DEIXEM QUE MATEM O ESPÍRITO DO TAPAJÓS.


OBS - O ponto inflamado? “Mas e o progresso que elas (são 23 usinas previstas para a Amazônia!, 7 delas na região do Tapajós) vão trazer para o povo amazônida? Para o Brasil!”
Aos crédulos puros: promessas vazias - mera, cruel e velada violência.
Aos que se dizem cidadãos bem intencionados, mas enxergam como progresso qualquer ato/tentativa de “domar” a Natureza para usurpá-la: uma pesquisa bem referenciada responde a quem/para quê iria servir/beneficiar a pretensa energia gerada...
(A tempo: indígenas e ribeirinhos estão fora dessa planilha.)
As sete hidrelétricas planejadas para Tapajós seriam construídas em áreas intocadas.
Não!
O progresso não pode ser predatório. Evoluir não é degenerar
Não vamos deixar o futuro resumir a existência humana a uma luta real – e global - pela sobrevivência.
O futuro está, de certa forma - sim, em nossas mãos. Se a arte-final é do Criador Maior, o esboço é nosso. O desenho planetário é grandioso, mas uma parte dele está destinada – apenas - a você.
E Isso, definitivamente, não é pouco.


Juiz de Fora, manhã úmida de densa e baixa neblina, 
06 de dezembro de 2014.


"... mais de 50 índios Munduruku marcaram na areia de uma praia no Pará uma enorme mensagem escrita "Tapajós Livre". O comunicado é mais um protesto contra a construção do Complexo Hidrelétrico do Tapajós, no Pará."


FOTO: Greepeace Brasil
(editada)

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